A Catania localiza-se na Sicília, região autônoma da Itália, e é famosa por ser a cidade natal do compositor Bellini, um dos mais célebres do século XIX. Esta cidade, além de seus próprios tesouros, ainda se apresenta como base estratégica para conhecer outras importantes cidades sicilianas como Siracusa e Taormina, além do imponente Vulcão Etna.
Estive na Catania no final de setembro/2013. Na ocasião eu estava em Malta fazendo um curso de inglês e passando férias (se quiser saber mais sobre Malta, acesse aqui), e aproveitei um dos finais de semana para voar até lá. Cheguei na sexta à noite e retornei para Malta no domingo à noite. Além de visitar os principais pontos da cidade, eu tinha como plano conhecer o Vulcão Etna, o que considero imperdível para quem passa por lá.
Como chegar a partir de Malta
A Catania tem seu próprio aeroporto e eu optei por um vôo da Air Malta partindo do aeroporto internacional de Malta, com duração de apenas 40 minutos. Há também a opção de ir pelo mar, de ferry boat, partindo de Valetta (Malta). Não pesquisei muito sobre esta opção, mas posso dizer que em Malta muitas empresas de turismo oferecem o passeio a Sicília via ferry boat.
O Aeroporto Fontanarossa se localiza a cerca de 20 minutos (cerca de 5 km) do centro da Catania.
Informações gerais
A língua oficial é o italiano e a moeda oficial é o Euro. Faz parte União Europeia, assim como Malta e as demais regiões da Itália. O site oficial da Catania é este aqui.
Onde ficar
Optei por ficar hospedada na Via Etnea, principal avenida do centro histórico da Catania, que oferecia boa localização para visitar os pontos turísticos da cidade, e também para frequentar os bares e restaurantes locais.
Minha hospedagem foi no San Demetrio Rooms. O ambiente era simples, mas os quartos eram aconchegantes e possuíam ar condicionado e banheiro privativo, além de uma pequena sacada, que permitia observar o movimento da cidade. Esta, inclusive, foi minha parte preferida. Apesar de ficar na avenida principal, não achei o quarto barulhento. O preço total para 2 diárias foi de 96 euros, já incluindo as taxas.
Onde Comer
Não fui em nenhum restaurante típico siciliano (com exceção do dia que fui ao Etna, que eu vou contar a seguir), mas tive a incrível experiência de comer uma pizza tipicamente italiana e deliciosa em um local chamado Gisira Pizza and Drinks. É um local informal, com mesinhas na rua, muitos jovens, vinhos da casa e uma pizza deliciosa (a de 4 queijos estava sensacional!). Adorei conhecer este lugar e recomendo.
- Gisira Pizza and Drinks – Via Gisira 62, Catania
Visita ao Etna
Para o sábado, meu primeiro dia por lá, já havia agendado a visita ao Etna. Fechei tudo por e-mail aqui mesmo do Brasil, antes de embarcar para Malta. Achei referências positivas na internet de uma empresa chamada Etna Sicily Touring e fiz contato através do endereço info@etnasicilytouring.com. Eles me enviaram algumas opções de passeio que vou descrever abaixo, e o pagamento eu fiz adiantado via Paypal (eu tinha a opção de pagar no dia, mas sairia um pouco mais caro).
A empresa oferecia em setembro/2013 dois tipos de visita: Etna Morning Tour e Etna Grand Tour. Ambos eram realizados em veículo 4×4 (para 6 a 8 pessoas), incluindo transfer para nosso hotel, degustação de produtos regionais e um guia. Durante o passeio atingimos 2000/2200 metros de altitude. Durante a manhã o roteiro incluía a visita ao Ox Valley (Valle del Bove) e caminho de lava, além do trekking nas crateras Silvetri. O Etna Grand Tour incluía, além do que já foi citado, a visita ao Rio Alcantara e um almoço completo em um restaurante típico na encosta do Etna. Optamos então por este passeio mais completo, pagando 69 euros/pessoa.
O Etna é o vulcão mais alto da Europa (3.350m) e um dos mais altos do Mundo. Eu diria que ele é um vulcão mal humorado, que apresenta frequentes erupções, sendo também um dos mais ativos vulcões da Terra. Estas erupções podem ser bastante destrutivas, mas, em geral, não oferecem grandes riscos à população, que vive nas localidades próximas.
O tempo estava bom no sábado, mas não consegui ver o Etna a partir da cidade, pois as nuvens o estavam encobrindo.
O tour se inicia no Rio Alcantara, que marca a divisa entre as cidades de Catania e Messina. Em seu leito é possível observar as rochas vulcânicas, o que realça o azul das águas e deixa a paisagem ainda mais bonita.
Seguimos então subindo para Ox Valley (Valle del Bove) onde foi possível caminhar por quilômetros de lava de erupções anteriores. O Valle del Bove é uma enorme caldeira formada como resultado do colapso de algumas crateras antigas. Lá do alto é impressionante a visão de toda aquela lava e das cidades que crescem bem aos pés de toda esta região.
A última parada acontece nas crateras Silvestri, a 2.000 metros acima do nível do mar. As crateras Silvestri são duas crateras inativas formadas durante a erupção de 1892, localizadas próximas ao Refúgio Sapienza, um pequeno complexo com hotel, restaurante e lojinhas. No Refúgio há um teleférico que leva até as crateras mais altas e à uma estação de esqui (que funciona nos invernos com bastante neve).
Ao lado das Crateras Silvestri estava o restaurante onde almoçamos, o Crateri Silvestri. Nos foram oferecidas comidas típicas e vinhos regionais, numa degustação de sabores sicilianos.
O caminho de volta se dá por estradas em meio a lava do Etna, de erupções antigas. Também é possível ver casas completamente soterradas pela lava dessas erupções, o que nos faz entender a dimensão e poder de destruição que tem um evento desses.
Durante séculos o Etna modifica toda a paisagem, cultura e história dos lugares que conhecemos neste tour. Exatamente por isso considero um passeio imperdível para quem vai a Catania ou proximidades.
Catania
A Catania possui uma ligação muito forte com o Etna. Várias de suas construções, incluindo a pavimentação da Via Etnea, principal avenida do centro histórico da Catania, são feitas com a lava do vulcão.
Devido à proximidade do vulcão, a cidade foi destruída diversas vezes por fluxos de lava e terremotos, tendo desde o século XVIII ruas mais largas e grandes praças com o objetivo de minimizar os efeitos de uma erupção. O registro histórico indica uma erupção destrutiva em 1669, seguido por um grave terremoto em 1693. Após esta catástrofe, a Catania foi gradualmente reconstruída.
O que visitar na cidade
A cidade é repleta de praças agradáveis com arquitetura barroca, cafés e bares sempre cheios e uma avenida principal, a Via Etnea, que tem um forte comércio e boas opções de hospedagem. Eu indico que você reserve um dia para conhecer a pé o centro histórico e locais de interesse da Catania.
No meu caso, o passeio pela Catania ficou para o domingo, já que eu só tinha um final de semana por lá e no sábado eu havia visitado o Etna. No domingo a cidade é meio morta, quase uma cidade fantasma. Muitas lojas fechadas, poucas pessoas nas ruas…mas mesmo assim é possível conhecer com tranquilidade as diversas construções históricas de lá.
Um bom passeio é começar a caminhada pela Piazza Duomo, bem no começo da Via Etnea. No centro da praça fica o Elefante de pedra vulcânica que é o símbolo da Catania. Siga a pé até a Via Garibaldi, onde está o Mercato della Pescheria. Lá é possível observar a diversidade de peixes do Mediterrâneo.
De lá, siga para o Castello Ursino, localizado na Praça Federico di Svevia, construído por Richard de Lentina sob as ordens do imperador Frederico II von Hohenstaufen na primeira metade do século XIII, e posteriormente modernizado. Hoje o castelo é um museu aberto ao público.
O próximo ponto de parada é o Teatro Romano, na Via Vittorio Emanuele, perto da Piazza San Francesco d’Assisi. Ele foi construído em cima de um teatro grego e é aberto ao público. Acredita-se que o mesmo chegou a acomodar 7.000 espectadores. Achei incrível a estrutura preservada deste teatro. Foi o local da Catania que mais gostei de conhecer.
A próxima parada seria o Teatro Bellini, mas, infelizmente, choveu muito neste dia e não consegui chegar a tempo de conhecer o interior deste teatro.
Continuando a caminhada, cheguei a um anfiteatro mais próximo ao centro comercial, na Praça Stesicoro. Trata-se de uma estrutura completamente romana, construída no século II dC, hoje localizado abaixo do nível do solo e fechada para visitação. Este complexo comportava cerca de 14.000 espectadores, embora apenas uma pequena parte dele seja realmente visível hoje.
Terminei minha caminhada na Villa Bellini (ou Giardino Bellini), o maior e mais bonito parque da Catania. Em frente a ele são encontradas diversas sorveterias e cafés, excelentes para fechar com chave de ouro o passeio.
Preparei um mapinha no Google Maps mostrando a distribuição destes locais que citei no texto, para ajudar no roteiro de quem vai visitar a Catania.
Um final de semana na Catânia é suficiente para ver e conhecer o que a cidade oferece. A cidade também pode ser considerada um bom começo para quem pretende fazer uma viagem por toda a Sicília.
Até a próxima trip. 🙂
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Parabéns excelente post!
Sylvia Moraes
Que bom que gostou, Sylvia! Fico muito feliz 🙂 Obrigada por deixar seu comentário. Beijos