Aproveitei uma estadia mais comprida em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, para conhecer La Paz, considerada por muitos a capital da Bolívia. Mas na realidade a capital constitucional da Bolívia é a cidade de Sucre, onde está também o poder judiciário. Esta confusão se deve ao fato que a sede do governo está em La Paz, assim como os poderes executivo e legislativo.
Montanha Illimani: cartão postal e plano de fundo da cidade de La Paz (6.462 m)
Como não se apaixonar por este artesanato típico colorido?
Voei por uma companhia aérea boliviana chamada Amaszonas. O avião era super pequeno! Como era uma viagem de final de semana eu não despachei bagagem, levei apenas uma mochila e, mesmo não sendo muito grande, não coube no bagageiro do avião de tão pequeno que era! Eram apenas 12 filas com 2 assentos de cada lado.
Embora o embarque tenha começado uns 15 minutos antes do voo, foi hiper rápido e a decolagem aconteceu dois minutos antes da hora prevista. Na volta também decolamos 3 minutos antes do previsto. Nota 10 em pontualidade. 😉
Aviãozinho da Amaszonas – cia nota 10 em pontualidade!
Aeroporto Internacional El Alto
O voo entre Santa Cruz e La Paz é super curtinho: dura menos de 1h. Com 2 dias é possível conhecer vários pontos da cidade e redondezas. Este foi o roteiro que defini para o tempo que estive por lá:
Sexta a noite: voo desde Santa Cruz de La Sierra até La Paz
Sábado: Visita ao sítio arqueológico Tiwanaku + Teleférico Linha Vermelha Domingo: Teleférico linhas Amarela e Verde + City Tour incluindo visita ao Valle de La Luna + Mirador Killi Killi + Plaza Murillo + Catedral + Palacio de Gobierno + Iglesia de San Francisco + Calle Jaen + Mercado de las Brujas e pela noite retornei a Santa Cruz de La Sierra
A seguir dou dicas mais detalhadas sobre cada um desses dias.
As recomendações eram de viajar na janela para apreciar a vista da chegada a La Paz. Era noite e pensava que não veria muita coisa, mesmo assim pedi meu assento na janela para garantir. Realmente não consegui ver nada interessante na chegada. Mas na saída, embora também fosse noite, consegui ver a diferença de topografia entre La Paz e El Alto, onde fica o aeroporto. Imagino que de dia a vista a partir do avião seja incrível.
La Paz vista desde El Alto – por ai já se percebe a diferença de altitude
Também segui a recomendação dos bolivianos de comer leve e caminhar devagar durante minha estadia. Para quem não está acostumado, a altitude pode causar alguns efeitos desagradáveis como mal estar, variações na pressão e dor de cabeça. O chá de coca também foi super recomendado para evitar estes sintomas. Levei de Santa Cruz alguns sachês na bolsa para garantir, embora em La Paz você encontre produtos de coca para todo lado.
Quando cheguei no aeroporto um taxista me esperava com uma plaquinha com meu nome. Havia pedido ao hostal para enviar alguém para me buscar; como eu chegaria sozinha queria evitar pegar qualquer taxi na rua. A corrida custou 105 bolivianos ou 15 dólares.
Logo que cheguei não senti tanto os efeitos da altitude; mas depois de alguns minutos no hostal e do jantar, nossa, fiquei super ofegante. Subir 10 degraus na escada do hostal foi sofrido. Mas depois fiquei bem.
Falando do hostal, optei pelo La Posada de la Abuela Obdulia. É uma opção de hospedagem bem simples, mas que tem o básico: cama, chuveiro quente, um mini aquecedor que eu não levei fé, mas conseguiu aquecer o quarto durante toda a noite. O café da manhã, apesar de simples, também oferecia o básico: queijo, presunto, pães, frutas, iogurtes, cereais, café, suco, leite e chás. Valor para 2 diárias (1 pessoa) com café da manhã: 98 dólares (junho/2016). Para 2 noites atendeu. Mas se eu fosse ficar mais tempo optaria por uma acomodação mais confortável.
No interior do hostal tem 3 agências de turismo, cafeteria e um restaurante. E ele fica super bem localizado: no coração do centro histórico de La Paz, ao lado de vários restaurantes, lojas de artesanato e pontos turísticos como a Igreja de São Francisco, o Mercado de las Brujas e o Museu da Coca.
Área comum da Posada de La Abuela Obdulia
Café e agencias de turismo no pátio do hotel
Café da manhã do hotel
Quarto da Posada de la Abuela Obdulia
Entrada da Posada de La Abuela Obdulia
Chola e lojas de artesanato na rua da Posada de La Abuela Obdulia
Na sexta à noite, quando cheguei, saí para comer algo antes de dormir. Não queria ir muito longe por causa da possível falta de ar.. Então entrei em um restaurante/pub que fica quase em frente ao hostal, no mesmo lugar onde fica o museu da coca. Chamava-se Restaurante Pub 1700 e foi uma ótima escolha. Quando cheguei os últimos clientes estavam pagando e o restaurante estava prestes a fechar. Mas o rapaz que me atendeu disse que poderia cozinhar algo para que eu não ficasse com fome. Atendimento ótimo sim ou com certeza? Isso é uma coisa que eu gosto demais no boliviano: eles recebem a todos muito bem! Acho um povo extremamente amável e atencioso, que faz tudo para que você se sinta bem. Além de cozinhar pra mim, me contou a história do local: um casarão de 1735, com móveis rústicos e decoração pitoresca. Também me mostrou as cervejas bolivianas – incluso as artesanais. Definitivamente recomendo demais este lugar.
Recepção do Restaurante Pub 1700
Minha massa ao molho pesto com frango – Restaurante Pub 1700
A agência de turismo que contratei para meus passeios fica no primeiro andar do hostal e chama-se Turismo Bolívia Peru. Contratei a visita completa a Tiwanaku (incluindo transporte compartilhado, almoço, entrada e guia), City Tour por La Paz, Valle de la Luna e transfer para o aeroporto no domingo. Tudo custou 110 dólares (junho/2016).
Uma coisa que percebi é que La Paz é muito seca. Já estava acostumada com a umidade de Santa Cruz de La Sierra, então estranhei muito isso. Ficava com a boca e garganta muito secas e precisava beber água toda hora.
Roteiro para 2 dias:
Dia 1: Visitar o sítio arqueológico de Tiwanaku + Linha Vermelha do Teleférico
No sábado pela manhã fui pega no hotel as 8:30 para seguir para as ruínas de Tiwanaku. Fui em um micro-ônibus simples com o guia e mais 13 pessoas de diferentes nacionalidades. Eu era a única brasileira do grupo.
Como as ruínas localizam-se a aproximadamente 80 km de La Paz, percorremos um caminho comprido até chegar lá; e passamos por alguns pontos de retenção ainda próximo a La Paz.
Em Tiwanaku começamos a visita pelo museu de cerâmica, onde se conta um pouco da história da evolução do povo que habitava esta área desde 1600 AC, passando desde apenas habitantes à organização em aldeias e posterior formação de uma Capital, seguida por um Império, momento onde começam a migrar também para Peru e Chile.
Chegando em Tiwanaku
Na cerâmica se vê réplicas de rostos de antigos governantes, muitos com a faixa que se usava na cabeça para deformá-la e alongá-la, visto que isso representava as classes sociais mais altas. Estas faixas muitas vezes vinham adornadas com ouro, prata ou cobre. Condores, águias, puma e titis (gato andino) estão representados também na cerâmica.
A agricultura era a principal atividade deste povo, que desenvolveu, inclusive, técnicas de irrigação e adubo com base aos recursos que tinham: canais de água e vegetação aquática. Chegou uma época onde tanta comida era produzida, que a população começou a crescer muito rápido. Dai começaram a desenvolver outras atividades como cerâmica, por exemplo.
Os Aymaras, importante classe indígena da história boliviana, também estavam entre a população de Tiwanaku, mas estavam em uma classe social mais baixa.
Depois do Museu Cerâmico seguimos para as ruínas. Visitamos a Pirâmide de Akapana, o templo Kalasasaya, os monolitos de Ponce e de Bennet e a puerta del Sol.
Pirâmide de Akapana
Calendário lunar
Rostos esculpidos no templo subterrâneo
Paredes ao redor do Templo Kalasasaya
Monolito de Ponce
Puerta del Sol
Portal do templo Kalasasaya com o monolito Ponce ao fundo
Paredes ao redor do Templo Kalasasaya
Almoçamos em um lugar chamado El Condor: Sopa de Quinua para entrada; prato principal a escolher entre truta do lago Titicaca, lhama, carne vermelha, frango ou omelete. E frutas da estação como sobremesa.
Sopa de Quinua no El Condor
Depois do almoço ainda paramos para ver Templo de Puma-Punku, localizado a 1 Km de Kalasasaya, mais uma parte do sítio arqueológico em Tiwanaku onde o que se destacava era a simetria e ortogonalidade dos traços nas peças de pedra, além do tamanho.
Templo de Puma-Punku
Depois do passeio seguimos para La Paz. Pedi para descer próximo a Linea Roja do teleférico, a linha vermelha. Todos em Santa Cruz me disseram que nesta linha eu teria a melhor vista da cidade.
Este passeio de teleférico vale muito a pena! Peguei o teleférico na estação Jach’a QhaThu (16 de julio) e fui até a estação central (Taypi Uta). A vista é sensacional e custou apenas 3 bolivianos (menos de 2 reais). A linha vermelha conecta duas importantes regiões de comércio da cidade e costuma ficar bem cheia. Dei sorte porque quando fui não haviam filas (era sábado umas 16h).
Teleférico linha vermelha
Vista a partir da linha vermelha do teleférico
Dança típica em festa de rua em La Paz
Para fechar o dia fui conhecer o Museu da Coca, que ficava bem em frente ao meu hotel. Não achei nada demais, mas conta a história da coca, a importância dela na medicina, o uso dela pelos povos andinos e, claro, seu uso como droga. A entrada custou 15 bolivianos.
Interior do museu da coca
Folhas de coca
Pela noite fui jantar no The English Pub. Ambiente bacana, atendimento bom também. Escolhi um cheeseburguer e não teve erro.
The English Pub
Cheeseburguer no The English Pub
Dia 2: Teleférico linhas amarela e verde + Valle de La Luna + City Tour
No domingo acordei muito mal: enjoo, vômito e muita dor de cabeça – fiquei de 07h as 11h no quarto tomando coragem para sair. A altitude faz estas coisas. Mas depois de um banho e um café, fiquei melhor.
Sai em direção à Plaza España com o objetivo de conhecer as linhas amarela e verde do Teleférico. Tomei o teleférico na estação Sopocachi (Supu Kachi) em direção a linha verde (sentido Libertador ou Chuqi Apu). Na volta também desci nela, após percorrer as duas linhas inteiras. Tem uma estação de taxi bem em frente, o que é ótimo e facilitou minha volta aos centro histórico.
A linha amarela, assim como a vermelha, também oferece uma vista maravilhosa! Dá a perfeita noção de como La Paz é encaixada entre as montanhas. O ponto final dela se chama mirador, exatamente porque é um trecho bem íngreme, onde se vai muito alto. É Interessante para quem quer fazer boas fotos. Ao longo do trajeto se vê as várias casas ao longo das encostas e o quanto o teleférico ajuda na conexão destas áreas.
Linha amarela do teleférico
A linha verde é a que se conecta com a zona sul de La Paz. Durante o trajeto é possível ver casas de alto padrão que eu não vi nas outras linhas. A vista não é tão do alto quanto às outras linhas, mas também tem seu charme. Uma coisa legal que acontece bastante na linha verde é que, porque o teleférico vai acompanhando a topografia da cidade, em uma mesma linha se baixa e sobe várias vezes entre as estações.
Linha verde do teleférico
Independente de qual linha você escolha, o passeio é muito agradável e bonito. Não recomendo para quem tem medo de altura, e aviso que as cabines chacoalham um pouco durante e a chegada e a saída de cada estação. Se duvida as melhores vistas (os percursos mais altos) ficam nas linhas vermelha e amarela.
Uma coisa engraçada é que as cabines do teleférico passam próximas às casas e quadras esportivas, então se ouve todo o ruído que as pessoas estão fazendo. É ótimo para os turistas, mas acho que tira um pouco da privacidade dos moradores.
Conversei com algumas pessoas enquanto estive dentro das cabines e elas me disseram que o teleférico é uma excelente opção de transporte para conectar as partes altas e baixas da cidade evitando o trânsito e bloqueios que eventualmente acontecem. No site do Mi Teleférico eu vi que mais 7 linhas estão em construção para atender a outras áreas da cidade. E durante o meu City Tour o guia me contou que esta ideia de transporte aéreo foi inspirada em Medellin, na Colômbia.
Linhas de teleférico já existentes e àquelas que estão em construção
Cada trecho (ida e volta) do teleférico custa 3 bolivianos, ou seja, para ir e voltar em uma das linhas você deve comprar 2 tickets (6 Bol). A empresa austríaca Doppelmayr, reconhecida mundialmente pela construção de teleféricos no mundo, é a responsável por eles. O teleférico boliviano é o sistema urbano de transporte mais alto do mundo, já que une as cidades de La Paz e El Alto, a 3.600 e 4.000 metros acima do nível do mar, respectivamente.
Depois do meu passeio de teleférico, voltei para o centro histórico e fui conhecer a Iglesia de San Francisco. É bem linda e preserva seu estilo barroco do século XVII. A visita é liberada mas não se pode tirar foto em seu interior.
Iglesia de San Francisco
Depois dessa manhã agitada comi no ICrepe, uma lanchonete na Calle Sagarnaga que me serviu um panini muito bom!
Panini no ICrepe
Às 14:30 em ponto o guia chegou ao meu hotel para começarmos o City Tour.
Começamos conhecendo o Valle de La Luna, parque arqueológico composto por formações rochosas que receberam este nome por se assemelharem a superfície da lua. O lugar é sensacional. A entrada custa 15 bolivianos e existem 2 trilhas que podem ser feitas lá: uma curtinha de 15 minutos e outra maior de 45 minutos. Sobre a área dizem que antigamente era um lago, e após este lago secar o vento e chuva começaram a moldar os sedimentos que lá estão, resultando nas estruturas que vemos hoje.
Entrada no Valle de La Luna
Velle de La Luna
Eu completamente apaixonada pelo lugar <3
Casamento no Valle de La Luna
A segunda parada do tour foi o Mirador Killi Killi, de onde tivemos uma vista espetacular! Além da linda vista da cidade e da montanha Illimami, um pedacinho da Cordilheira que está a 6400m, também pude conhecer um pouco mais sobre a história do lugar. Na época da colonização os Aymaras tentaram tomar o poder dos espanhóis e acabar com o regime de trabalho exploratório imposto por eles. Usaram como base militar o local onde está o mirador e cercaram os espanhóis no centro histórico por cerca de 90 dias. A esta altura os espanhóis já estavam quase morrendo de fome quando chegou o reforço vindo de outras áreas e capturaram o líder Aymara que comandou toda a ação. Ele foi esquartejado pelos espanhóis como exemplo aos Aymaras do que aconteceria com todos eles caso continuassem com as ameaças.
Mirador Killi-Killi e sua vista sensacional da cidade
Vista a partir do mirador Killi-Killi: a catedral em primeiro plano e a Iglesia de San Francisco logo atrás
O guia me contava durante o passeio que aqui em La Paz quanto mais baixo a pessoa mora, mais rica ela é; ou seja, as pessoas mais pobres são as que vivem nas encostas e nas partes mais altas.
Do mirador seguimos para a Plaza Murillo, que estava toda cercada por policias para evitar a invasão dos manifestantes. Outra coisa que o guia me contou é que La Paz só tem paz mesmo no nome, porque a cidade é alvo de protestos e manifestações ao longo de toda história.
Plaza Murillo
Na Plaza Murillo vimos a Catedral, a sede do governo e o Congresso, onde está o polêmico relógio invertido, instalado há uns 4 anos. Depois seguimos para a Igresia Santo Domingo, do século 17, que junto com a Iglesia de San Francisco são as mais antigas da cidade.
Plaza Murillo
Sede do governo, também conhecido como Palacio Quemado
Congresso: onde está o relógio invertido
Catedral
Seguimos o passeio para a Calle Jaen, uma super famosa em La Paz por preservar o estilo colonial até os dias de hoje. Nesta rua estão alguns interessantes museus (que estavam fechados porque era domingo) como o de instrumentos musicais e o de pedras preciosas.
Calle Jaen, homenagem à Don Apolinar Jaen
Calle Jaen e seu estilo colonial preservado
Seguimos então para o ultimo ponto do passeio, o Mercado de las Brujas. Este popular mercado localizado no Cerro Cumbre, em La Paz, atrai não somente os turistas, mas a população local que compra produtos necessários para os rituais e oferendas para a Pachamama (mãe terra). Neste mercado, além de artesanato, são encontrados animais dissecados, diferentes amuletos, poções para atrair amor, saúde, beleza, bens materiais, etc.
Amuleto da fortuna
Entrada de uma das lojas do Mercado de las Brujas
Lhamas dissecadas são utilizadas nas oferendas a Pacha Mama
Ao final do tour fui direto para o aeroporto e, para finalizar, escolhi o Xpress by Factory para comer um hambúrguer. Sério, foi um dos melhores hambúrgueres que comi nos últimos tempos! Recomendo demais este lugar para comer no aeroporto.
Xpress by Factory: amei o hamburguer de lá. Uma ótima opção no aeroporto El Alto
Algumas das opções de hambúrgueres oferecidas
Esta bonito e gostoso 🙂
Depois dessa minha ida a La Paz e uma imersão maior na cultura boliviana, fiquei com vontade de conhecer Sucre, Potosi e o Lago Titicaca. Quem sabe ainda não tenho a oportunidade em 2016?
Espero que tenham gostando do roteiro e das histórias. Espero seu comentário na caixinha lá embaixo 😉
Venho frequentemente à Santa Cruz de La Sierra há mais de um ano e só hoje fui conhecer La Rinconada, embora já estivesse de olho neste lugar há alguns meses. O lugar reúne um parque ecológico com mais de 400 espécies de plantas, complexo de recreação e restaurante, resultando em um lugar ideal para passear, relaxar e provar pratos típicos bolivianos em meio a opções mais tradicionais.
Laguna de La Rinconada
La Rinconada
La Rinconada
O ingresso que dá acesso à La Rinconada pode cobrir apenas um passeio pelo local, incluir o buffet no restaurante ou também incluir o acesso à várias piscinas que o local tem. No local também existe um pequeno aquário com variedade de peixes.
Uma das espécies do aquário
Restaurante em La Rinconada
Buffet de saladas
Buffet de pratos quentes
Bem no centro da área onde está o parque tem uma laguna cheia de carpas japonesas e vitórias régias, planta aquática típica da região amazônica que possui uma grande folha em forma de círculo e fica sobre a superfície da água. Estas vitórias-régias não são nativas de La Rinconada; foram trazidas em 2000 do departamento de Beni, na Bolívia, em 20 unidades que, após plantadas, apenas uma sobreviveu e produziu sementes que germinaram na primavera seguinte.
Mas não pense que a história das vitórias-régias começou apenas em 2000… o idealizador do lugar, Tonchi Ribeiro, viu pela primeira vez as vitórias-régias em uma viagem a Beni em 1984 e por elas se apaixonou. Foi quando decidiu criar um lugar em Santa Cruz para cultivá-las. Em 1999 se iniciaram as obras no local recém comprado e em 2000 a construção da laguna onde hoje elas estão. Uma bela história de amor a natureza e realização de um sonho. Toda esta história é contada no Museu da Hoja, que abriga a réplica da vitória-régia que atingiu 3,20 m de diâmetro em fevereiro de 2012, um recorde mundial.
Carpas japonesas na laguna
Laguna em La Rinconada
La Rinconada
Museu da Hoja e réplica da maior vitória-régia (3,20m), recorde mundial
Réplica da maior vitória-régia
Durante a minha visita as vitórias-régias estavam bem pequenas. Elas atingem seu maior tamanho no verão, e para vê-las grandes o indicado é visitar o parque no mês de janeiro.
Vitórias-régias ainda pequenas na laguna
O parque infantil é uma graça! Além dos brinquedos serem em forma de animais, também tem os gigantes verdes, que são grandes rostos feitos de plantas localizados na parte de trás do parque. Simplesmente lindo!
Parque infantil: destaque para as gangorras de sapo e para as faces de vegetação ao fundo
Um dos gigantes verdes
Mais alguns gigantes verdes
Os gigantes verdes que faltavam
As piscinas interligadas por pontes e tobogãs também são um charme! Tem piscinas de diferentes profundidades (sempre indicadas próximas às mesmas) para atender a todo tipo de público.
Uma das piscinas de La Rinconada
Acesso à piscina
Piscina infantil
Mais uma de parte da piscina
Definitivamente eu amei este lugar e já estou louca para voltar no verão! Espero que tenham gostado deste passeio.
Quando marcamos a data do nosso casamento nos perguntamos: e a lua de mel?? Pois bem, listamos os lugares que gostaríamos de ir juntos e começamos a buscar as promoções de passagem. Eis que apareceram preços atrativos para Nova York e nós não pensamos duas vezes: compramos os tickets. A partir daí iniciamos o planejamento da viagem item à item, como vou descrever a seguir.
Skyline de Nova York destacando, ao centro da foto, o Empire State Building, um dos símbolos da cidade
1. Hospedagem:
Reservar um hotel era minha maior preocupação. Nova York é uma cidade cara e os preços estavam bem salgados. Como seria nossa primeira vez na cidade, queríamos ficar em Manhattan, em Midtown. Por tudo que li sobre a cidade em vários blogs, esta seria a localização perfeita para uma primeira visita à cidade. Dentre as várias opções possíveis, escolhi o Hotel The Gallivant Times Square, localizado bem próximo a Times Square, estações de metrô, terminal de ônibus, espetáculos da Broadway e diversas lojas e restaurantes. Minha escolha também teve como base uma indicação que recebi no Brasil.
Minha opinião sobre o hotel: localização excelente (coladinho na Times Square), atendimento bom, com funcionários solícitos, cafe da manhã muito bem servido (vale o valor cobrado), quartos pequenos, mas ideais para quem não planeja ficar muito no hotel, cama boa e chuveiro quente. Resumindo: ótimo custo/benefício.
Um pouco do café da manhã do hotel
Recepção do Hotel
2. Qual transporte usar no trajeto aeroporto x hotel x aeroporto?
Optei por reservar um transfer compartilhado via internet direto do Brasil. Reservei no site da Viator e minha experiência foi boa. Na chegada, após pegar as malas, segui para o balcão Ground Transportation do aeroporto de Newark e de lá já fui orientado sobre o motorista que me levaria. Após 20 minutos de espera já estava acomodada na van com minhas malas rumo ao hotel. Para agendar o transfer da volta, liguei no dia anterior para um número indicado no voucher (que recebi por email no dia que efetuei a reserva, ainda do Brasil) e passei as informações necessárias sobre o hotel e o vôo e em alguns minutos já tinha meu agendamento efetuado. Na hora marcada a van chegou ao hotel e não tive nenhum problema.
3. Cambio:
No meio da nossa economia variando sem parar, qual seria o momento ideal para comprar dólares? Com o avanço do processo de impeachment da presidenta Dilma o valor do dólar caiu; então aproveitamos esta queda para comprar os dólares necessários para a viagem. Fizemos o cambio na DG Cambio, agencia que usamos há muito tempo e confiamos.
Quer fazer cambio com desconto? Acesse aqui e saiba como!
4. Previsão dos gastos:
Trocamos uma quantia suficiente para pagar o hotel e ter mais 200,00 dólares/dia para alimentação, passeios e possíveis compras. Quando chegamos descobrimos que comer em NY é bem caro. Falando um pouco dos nossos gastos médios com alimentação para 2 pessoas: café da manhã $40; fast food: $20; lanche: $30; jantar sem vinho: $70; jantar com vinho: $100. A grana que trouxemos foi suficiente para cobrir todas as despesas, mas além dos preços da comida e produtos incidem outros impostos (próximo à 10%) que fazem sempre a conta aumentar.
5. Passeios na cidade:
Optamos pela compra do New York City Pass. Entre os benefícios estavam a vantagem de não enfrentar fila para compra de ingressos de algumas atrações, realizar a compra e impressão do voucher diretamente do Brasil e incluir a visita à 6 atrações na cidade (museus, mirantes, pontos turísticos). A experiência com o passe foi boa: conseguimos visitar as 6 atrações durante nossos 5 dias e gostamos muito de todas. Evitamos as enormes filas do Empire States, do Museu de História Natural e do Top of the Rock. O voucher comprado pode ser trocado pelo talão de tickets de entrada em qualquer uma das atrações inclusas; e no dia da troca você deverá entrar na fila de compra dos ingressos normalmente, então a dica é começar por uma atração mais calma, com menos fila 😉
Alguns dos passeios inclusos no passe: Intrepid Museum
Top of the Rock
Empire State Building
The Metropolitan Museum of Art
6. Visto americano:
Nós já tínhamos o nosso, então não nos preocupamos com isso. Mas se você não tem, é recomendável se informar no site da embaixada americana sobre os procedimentos antes de comprar passagens e programar a viagem.
Espero que as dicas sejam úteis. Não deixem de incluir nos comentários algum item a mais que vocês incluiriam na programação de vocês. 😉
Sabe tudo aquilo que você já ouviu e leu sobre Bonito? É tudo a mais pura verdade! Além ser um pólo de ecoturismo conhecido mundialmente, tem como principal atração suas paisagens naturais. É rico em grutas, cavernas, rios de águas cristalinas para mergulhos e flutuação, cachoeiras e dolinas.
Flutuação em Bonito: sensação de estar dentro de um aquário lotado de peixes
Cachoeiras: outra atração de Bonito
Bonito é um município do estado de Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil. Em conjunto com os municípios de Jardim, Guia Lopes da Laguna e Bodoquena integra o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
Piraputangas, espécie de peixe mais comum por lá, em monumento na praça principal da cidade
Estive em Bonito em março de 2011 e fevereiro de 2015, ambas aproveitando o feriado de Carnaval. O período não é o melhor para visitação devido às chuvas, que deixam alguns rios cheios e turvos, atrapalhando a realização de alguns passeios. Outro ponto a ser comentado é que o acesso a muitas atrações se faz por estrada de terra, que com a chuva ficam lamosas e cheias de poças, o que também pode atrapalhar a programação.
A seguir eu conto as atrações que visitei, os hotéis que me hospedei nas duas visitas e como fiz para chegar até lá.
Como chegar
Em minhas duas visitas eu voei do Rio de Janeiro até Campo Grande. Da primeira vez eu optei por reservar com antecedência um transfer para o trajeto Campo Grande-Bonito-Campo Grande (várias empresas de turismo oferecem este serviço por lá). Porém, em minha ultima visita, optei por alugar um carro para seguir até Bonito. Há três caminhos possíveis, onde o mais rápido é o que pega a BR-060, passando por Sidrolândia e Nioaque; há também os trajetos pela BR-262, que passam por Aquidauana. Optei por fazer o caminho mais comprido passando por Aquidauana, Miranda e Bodoquena, pois passaria também no Pantanal. A parte da estrada em que peguei a MS-339 é meio confusa (faltam placas), mas a estrada está com pavimentação super boa, embora não tenha acostamento.
A rodovia BR-262 é bastante sinalizada (embora algumas placas sejam confusas). Há muitos radares e placas de redução da velocidade, visto que há muitos animais silvestres nas redondezas; lembre-se que você estará passando pelo Pantanal. Há também muitas placas pedindo a proteção aos animais do Pantanal. No trecho final entre Bodoquena e Bonito, a estrada vai beirando o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, dando um charme a mais ao trajeto.
Fizemos o trajeto todo, incluindo 2 paradas para lanche e esticar as pernas em, aproximadamente, 4 horas.
O que é melhor então: alugar um carro ou reservar um transfer? A resposta a é: depende!
Alugar um carro te dará liberdade para escolher por qual estrada quer viajar, a hora que deseja sair do hotel e a hora de deixar cada uma das atrações; mas os custos com o carro envolvendo as diárias (pelo que vi é mais barato alugar em Campo Grande que em Bonito), o combustível, que é bem caro por lá (na ocasião o litro do combustível estava uns R$ 0,40 mais caro do que no Rio) e os seguros básicos do veículo podem tornar a viagem mais dispendiosa. Também há o inconveniente que alguns postos da estrada não aceitam cartão. Dai vc sempre tem que estar com dinheiro na carteira. A estrada de acesso à bonito é boa, não tem pedágios, mas tem uma infinidade de radares e controladores de velocidades; há muitos trechos onde a velocidade permitida é apenas 40 km ou 60 km, o que torna o tempo de viagem maior.
Carro que alugamos durante a viagem de 2015; a estrada de terra nos leva à Estância Mimosa.
Reservar o transfer para o deslocamento entre cidades, além do deslocamento para os passeios, é uma opção confortável no sentido de não ter que se preocupar com os caminhos e as distâncias. Porém pode deixar seu horário limitado visto que o transporte, em geral, é coletivo, tendo horários pré-estabelecidos para chegada e saída das atrações.
Paisagem que encanta na estrada. Todos os dias que dirigimos por lá vimos tucanos sobrevoando a estrada. <3
Em 2011 fechei minha viagem super em cima da hora. Consegui vaga apenas no Ecoresort Zagaia, que é maravilhoso, especialmente para quem viaja com crianças. Os quartos são confortáveis, a área de lazer do hotel é super completa: sauna, piscina, salao de jogos; e os animais que ficam livres na área do hotel também são uma graça. Lembro de acordar todos os dias com as seriemas na minha janela <3
Pois bem, tanto conforto tem seu preço; e o Zagaia não é uma opção das mais econômicas. O fato dele ficar mais afastado do centro é ótimo para quem está de carro ou quem busca ficar mais isolado. Porém para quem quer frequentar os restaurantes do centro e ter mais liberdade de sair sem carro, o ideal é buscar um hotel mais próximo do centro e, acredite, as opções são muitas.
Ecoresort Zagaia
Piscina do Ecoresort Zagaia
Redário do Ecoresort Zagaia
Em 2015 fiquei na Pousada Solar do Cerrado, que localiza-se a menos de 1 km do centrinho. A pousada é simples e tem 2 tipos de acomodações: apartamentos e chalés. Peguei um apartamento térreo bem amplo, com frigobar, hidromassagem, banheiro reformado e uma pequena sacada. Nas áreas comuns tem o restaurante e a piscina. Um sossego só! E para quem vem de carro, a pousada tem estacionamento próprio. O café da manhã é simples, mas gostoso. Oferece frutas, pães, frios, sucos e bolos. Tem wi-fi gratuito, mas no quarto que eu fiquei não funcionava.
Área comum e acesso aos quartos da Pousada Solar do Cerrado
Piscina da Pousada Solar do Cerrado
Onde comer
Pastel Bonito – experimentamos primeiro os sabores que eram indicação da casa: pintado e mandioca, queijo e carne seca; queríamos provar também o de jacaré, mas estava em falta. Depois pegamos sabores mais tradicionais: calabresa e pizza. O pastel é grandinho e vem bem sequinho. Eles fazem super rápido. Para acompanhar tomamos Heineken de garrafa de 600ml. Não aceita cartão de débito, nem de crédito, portante leve dinheiro em espécie.
Casa do João – considerado um dos melhores restaurantes de Bonito. Chegue cedo ou prepare-se para fila.
Parte do cardápio do Restaurante Casa do João mostrando opções de pratos típicos.
Sobremesa que estava uma delícia!!
Zapi Zen – Comemos pizza no Zapi Zen e estava uma delícia. A massa e bem leve e o tamanho é otimo.
Zapi Zen; simples e gostosa
Delícias do Cerrado sorvetes de frutas do cerrado entre outros. Sorvetes com sabores do Cerrado: guavira (o melhor), Bocaiúva e jaracatiá.
A Bocaiúva é um fruto (ou semente) típica do Pantanal usada para fazer vários produtos típicos, entre eles a paçoca de Bocaiúva e o milk-shake que foi premiado com título de melhor sobremesa típica do Patanal. Para provar, para no Posto Pioneiro em Miranda para provar.
Restaurante Encontro das Águas – localizado dentro da Pousada Águas de Bonito. Cardápio simples, porém com opções diferentes dos restaurantes do centro da cidade. Achei o preço das carnes um pouco salgados, optamos por comer massa e risoto e estavam gostosos e bem preparados.
Restaurante Encontro das Águas
Taboa Bar – Point de Bonito e lugar ideal para quem busca uma boa cerveja ou cachaça artesanal, acompanhada de música ao vivo. Na alta temporada o bar costuma ficar cheio.
Das comidas típicas: o jacaré é oferecido quase em todos os lugares, com diferentes apresentações, como pode-se perceber nesta foto.
O que fazer
Recanto Ecológico Rio da Prata – localiza-se no município de Jardim, a cerca de 50km de Bonito. Quando eu fui, estava chovendo bastante na região; acabei utilizando um caminho mais comprido que passava por Guia Lopes e aumentava o trajeto em 50km. O local oferece cavalgadas e flutuação, que é realizada no Rio Formoso, sendo este um dos programas mais procurados em Bonito. É possível conciliar estes passeios com um almoço servido entre 11h e 12h com comidas e doces típicos da região e vegetais cultivados na horta deles. Tudo é muito gostoso.
A flutuação é feita na nascente Olho d’Boi, que mesmo em dias de chuva mantém suas águas claras (comprovamos isso porque estava chovendo muito durante toda a manhã na região). O passeio inicia com uma trilha de aprox 40 minutos onde é possível observar a vegetação típica e alguns animais (esta parte vai depender da sua sorte). Vimos uma família inteira de mutuns por 2 vezes. Uma graça. E no final do passeio vimos 1 tatu peludo e várias seriemas. Durante a flutuação é possível observar pelo menos umas 20 espécies de peixes, embora existam muito mais. Tivemos sorte de ver um jacaré coroa logo no início do passeio, com a cabeça pra fora d’água e o corpo para dentro. Leve uma câmera aquática para registrar o momento. Caso não tenha uma, é possível a locação no próprio local ou em lojas no centro de Bonito.
Recanto Ecologico rio da Prata: parte da propriedade
Redário onde podemos aguardar enquanto não chega a hora do nosso passeio
Araras que vivem na propriedade
Alimentação das araras, também no interior da propriedade
Eu já preparada para a flutuação
Flutuação na nascente Olho d’Boi
Flutuação na nascente Olho d’Boi
Estância Mimosa Ecoturismo – fazenda localizada no município de Bonito. Logo na entrada, a esquerda, está o lago dos jacarés, onde tem alguns jacarés do papo amarelo. Não é incomum vê-los tomando sol no deck ou com os olhos de fora dentro do lago. O maior deles chega a 2,7m de comprimento. O passeio incluía uma trilha para visitação e banho em algumas cachoeiras (paramos em 7). A trilha mais os banhos duram em torno de 4 horas. E tem a opção de incluir o almoço na fazenda, com comida caseira e tradicional.
Entrada do receptivo
Araras que habitam a propriedade
Um dos jacarés que vive na lagoa da propriedade. Dizem por lá que ao todo são uns 10 jacarés.
Mais um jacaré da propriedade
Primeira cachoeira que paramos para mergulhar durante a trilha. Linda, não!?
Mais um ponto de parada delicioso durante o passeio
Apaixonada por esta agua verde das cachoeiras. Beleza sem limites.
Mais uma das cachoeiras da trilha que paramos para um mergulho
Mergulho gostoso em uma das cachoeiras da trilha (no meu pé a botinha de neoprene que aluguei para o passeio)
Almoço da fazenda altamente recomendado: comida fresquinha e deliciosa!
Sobremesas caseiras
Fábrica da Taboa – Visita e degustação de cachaças artesanais. A visita inicia por uma réplica do primeiro bar em 1996. Dona Andreia é a criadora da cachaca, e a ideia veio a partir do pedido de amigos em servir um bebida mais forte. A mistura de ervas com cachaça agradou a todos, que diziam que a bebida “Ta boa”, dai o nome. O sucesso aumentou e chegou aos turistas, que pediam para comprar a garrafa para levar. Daí a necessidade de criar uma embalagem, onde foi o usada a palha também chamada de taboa, que a partir de um processo artesanal (que é mostrado durante a visita), toma a forma da garrafa. Seguimos visitando o jardim e a horta, onde há exemplares das plantas e ervas usadas na produção das cachaças. Na fábrica também é feito artesanato, que é vendido na loja da fábrica e na loja do bar, no centro de bonito. Ao final da visita é possível degustar 20 tipos de cachaças Taboa. A tradicional leva canela, mel, guaraná em pó e gengibre, e é a base de todas as cachaças com exceção da cachaça pura e da de guavira. A visita pode ser feita de 15h as 20h, de segunda a sábado, com saídas a cada hora (a visita dura cerca de 40 min).
Bem vindo à Fabrica da Taboa!
Propriedade da fábrica rica em verde
Confecção artesanal das garrafas da cachaça Taboa
Degustação de 20 tipos (isso mesmo!!) ao final da visita
Aquário de Bonito – Os guias que trabalham no Aquário orientam e dão informações sobre os peixes de Bonito e do pantanal que ali estão expostos. Mais 60 espécies estão separadas em aquários e identificadas por placas. É o único aquário do estado do MS. A maior parte dos peixes ali expostos é possível ver durante as flutuações nos rios de Bonito, com exceção dos peixes que ocorrem somente no Pantanal e do pintado Albino. A entrada custava R$ 25,00 e a visita completa dura cerca de 40 minutos.
Um dos aquarios internos
Espécie albina rara
A simpática raia do Aquário de Bonito, que se deixava acariciar
Rio do Peixe – fizemos a trilha para conhecer as cachoeiras. Infelizmente o tempo não ajudou e choveu muito durante o trajeto. Acabamos desistindo de fazer a trilha até o final e voltamos para a sede da fazenda, onde o almoço é servido. Os grupos que vão para as trilhas tem 20 pessoas e são acompanhados por um guia. O almoço é servido em torno das 12h. Na sede há também um redário coberto e muitos animais como a anta Gigi, que estava recepcionando os visitantes de manhã cedo, e um número grande de macacos, que brincam, comem as frutas e interagem divertindo a todos. O espaço passa por obras e, devido a chuva, tinha muita lama. Achei também que a estrutura dos banheiros deixou um pouco a desejar. O fato do local estar passando por obras tb causou um pouco de incômodo, visto que, por causa da chuva, muito material da obra escorria para o caminho até os vestiários/banheiros fazendo muita lama e cobrindo o passeio. Trilha começa no Rio Olaria e termina no Rio do Peixe. Haviam muitas piraputangas, peixes típicos da região.
Redário da fazenda Rio do Peixe: só de olhar já dá uma preguiça…
Um dos vários macaquinhos que existem na propriedade.
Este atacou uma fruta no pé. Mas cuidado que eles costumam roubar as comidas da mesa também 😉
A simpatica anta Gigi, que faz a alegria das crianças e dos adultos
Cachoeira do Elefante: uma das primeiras que paramos durante a trilha (antes da chuva nos pegar)
Buraco das Araras – Um santuário lindo da natureza. O passeio se inicia com uma caminhada leve pela mata (menos de 1 km) com 2 paradas em mirantes, até que se chega ao famoso buraco (dolina) onde, num determinado momento, as araras (principalmente as vermelhas) chegam em bandos para ocuparem seus ninhos. É uma enorme cratera em arenito com 120m de profundidade e 500 m de diâmetro. É lindo e mágico. Indico demais. No fundo do buraco há uma lagoa de coloração verde cercada pela mata. Os guias dizem que a lagoa é habitada por jacarés. Por ser uma área de proteção ambiental, além das araras é possível, com sorte, observar também tatus, tamanduás, quatis e outras 130 espécies de aves, incluindo tucanos.
Silêncio durante a trilha é fundamen tal para avistar mais passaros silvestres.
Mirante do lado oposto ao do meu grupo. Na arvore à esquerda tem um casal de araras.
As araras chegando. Neste momento é uma emoção só.
Casal de araras nos galhos
Fundo do Buraco das Araras
Gruta do Lago Azul – É, sem dúvida, a maior atração de Bonito. A caverna possui em seu interior um lago de águas azuis cristalinas com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades inundadas do mundo. A Gruta do Lago Azul impressiona! O local também está cercado por estalactites, estalagmites e travertidos. Ninguém sabe ao certo de onde vêm estas águas, mas acredita-se na existência de um rio subterrâneo que alimenta este lago. Antigamente era permitido se banhar nas águas da gruta; de alguns anos pra cá isso mudou, em função da preservação da vida presente nestas águas. Durante a visita é possível descer na gruta e chegar bem próximo da água; se banhar, não mais. A gruta fica a 15 Km de Bonito e o passeio dura cerca de 2 a 3 horas.
Azul incrivel da Gruta do Lago Azul
Tirar uma boa foto dentro da caverna é dificil; mas o importante é mostrar para vocês o quanto azul a água dentro dela é.
Descida na caverna até o lago. Os grupos são pequenos e o uso do capacete é obrigatório.
Rio Sucuri – No Rio Sucuri, o calcário e as cascas de caramujo dão um tom impressionante de azul à água, que se mistura com tons verdes, vermelhos e amarelos da vegetação. Comparando com a flutuação do Rio da Prata, achei esta flutuação com menos peixe, porém mais rica em vegetação.
Parte do receptivo Rio Sucuri
Piscina do receptivo, que pode ser usada antes ou depois dos passeios e flutuação
Pronta para a flutuação, já em transporte no caminhão
Parte do rio e da vegetação que o cerca
Rio Sucuri
Reparem nos peixes dentro do rio. A visibilidade é incrível!
Um pouco da flutuação
Roteiros:
Roteiro dia a dia em 2015:
Dia 1(sabado): Voamos do Rio de Janeiro para Campo Grande pela manhã; alugamos carro em Campo Grande e seguimos até Bonito. Jantamos no “Pastel Bonito”.
Dia 2 (domingo):Almoço + flutuação no Rio da Prata. Jantamos no restaurante “Casa do João”.
Dia 3 (segunda): Trilhas + almoço na Estância Mimosa; Visita a Fábrica da Taboa, Visita ao Aquário de Bonito; Jantamos no Zapi Zen e tomamos sorvete no Delícias do Cerrado.
Dia 4 (terça): Trilhas e almoço na Fazenda Rio do Peixe; Jantamos no restaurante da pousada Paraíso das Águas.
Dia 5 (quarta): Voltamos dirigindo de Bonito até Campo Grande, onde devolvemos o carro. Voamos de Campo Grande até o Rio de Janeiro no fim da tarde.
Roteiro dia a dia em 2011:
Dia 1(sabado): Voei do Rio de Janeiro para Campo Grande, chegando pela tarde; havia contratado um transfer que já esperava no aeroporto.
Dia 2 (domingo): Flutuação no Rio da Prata + Almoço e visita ao Buraco das Araras na parte da tarde.
Dia 3 (segunda): Gruta do Lago Azul, seguida de Trilhas + almoço na Estância Mimosa;
Dia 4 (terça): Neste dia eu faria o Boia Cross no Rio Formoso, mas choveu demais e impossibilitou o passeio. Por ser periodo de carnaval, também não consegui vaga em outros passeios. Acabei curtindo as instalações do hotel.
Dia 5 (quarta): Voltei de transfer de Bonito até Campo Grande, onde peguei o vôo de volta para o Rio de Janeiro.
Espero que este relato sobre Bonito ajude você a planejar sua viagem até este paraíso. Podem deixar seus comentários, dicas, dúvidas e sugestões na caixa de comentários abaixo.